Fonte: revista TPM

Mesmo com dezenas de títulos ficcionais sobre investigações criminais, o público feminino gosta mesmo é de consumir histórias que realmente aconteceram. Mas o que explica gostarmos tanto de podcasts, documentários e séries de true crime? De acordo com um estudo da Universidade de Illinois (EUA), um dos principais motivos é a identificação com as vítimas – e, portanto, a preocupação em se precaver de riscos, já que serial killers muito famosos tiveram mulheres como alvo principal. Segundo um relatório publicado no periódico norte-americano “Social Psychological and Personality Science”, ainda que as pessoas presumam que os homens têm maior probabilidade de achar interessantes histórias sangrentas de estupro e assassinatos, o medo de se tornar uma vítima faz com que sejamos as maiores consumidoras do gênero.
Uma pesquisa de 2024 da Podchaser, plataforma e banco de dados sobre podcasts, mostrou que 61% dos ouvintes dos 25 principais podcasts de true crime dos Estados Unidos são mulheres. No Brasil, a tendência também se confirma. O podcast “Modus Operandi”, um dos mais populares do país, tem mais de 70% de seu público composto por mulheres. Segundo as apresentadoras Carol Moreira (@carolmoreira3) e Mabê Bonafe (@ma_b), as ouvintes gostam de seus comentários sobre machismo, feminicídio, gênero e outras questões sociais relacionadas às histórias. Na edição do ano ado da CrimeCon, convenção em Denver, nos Estados Unidos, que reúne fãs de produções televisivas de true crime para discutir casos famosos e assistir a palestras de especialistas, o público presente foi 75% feminino – o que os organizadores descreveram como algo “nada surpreendente”.
O que você sente ao ouvir, assistir e ler histórias sobre crimes reais?