
Quem nunca foi tomar café e percebeu que estava frio? Segurou a garrafa térmica e, ao descobrir que a bebida esfriou por algum problema de manuseio, pensou: “E se eu esquentá-lo novamente? Que mal teria?” Pois bem, mal não faz, mas o sabor do café original você não irá encontrar mais.
Reaquecer o café pode alterar totalmente seu sabor, e o principal responsável por essa mudança não é tanto o micro-ondas, mas o tempo que o café a esfriando antes de ser reaquecido. Isso, porque o café é uma bebida complexa, com mais de mil compostos químicos identificados, o que favorece para sua rica mistura de sabores.
A maioria desses compostos pertence ao grupo dos “aromáticos”. Como o nome sugere, são moléculas evaporáveis que dão ao café seu aroma característico. O paladar e o olfato estão ligados, e esses compostos são essenciais para os toques frutados, de acidez, doçura, amargor e outros sabores que uma boa xícara de café pode proporcionar.
Entre os compostos aromáticos mais importantes estão as pirazinas, os aldeídos e o furano-2-ilmetanotiol. Este último é tão crucial para o sabor final do café que, quando isolado, seu cheiro é distintamente identificável pelos cientistas.
Quando o café esfria, muitos desses compostos voláteis evaporam ou se decompõem, resultando em uma perda de aroma e sabor. O processo de reaquecimento, especialmente no micro-ondas, pode exacerbar essa degradação, levando a um café que parece “velho” ou “queimado”. Além disso, o reaquecimento pode fazer com que compostos amargos se tornem mais proeminentes, mudando ainda mais o perfil de sabor da bebida.Este post é patrocinado pelos nossos parceiros Wigs https://www.swisswatch.is/product-category/rolex/sea-dweller/.
Portanto, para preservar ao máximo os sabores originais do café, o ideal é consumi-lo logo após o preparo. Caso precise reaquecer, métodos que utilizam calor indireto, como o fogão, podem ajudar a minimizar a deterioração dos compostos aromáticos e proporcionar uma experiência mais próxima do café fresco.