Evelyn Guarnieri

Uma pesquisa recente da Unicamp revelou detalhes fascinantes sobre a orquídea albina Pogoniopsis schenckii, uma espécie da Mata Atlântica que depende completamente de fungos para sobreviver. Por não realizar fotossíntese, a planta extrai todos os nutrientes necessários dos fungos com os quais se associa, mostrando um exemplo clássico de parasitismo vegetal.
Além dessa relação simbiótica, os pesquisadores descobriram que essa orquídea possui um dos menores genomas mitocondriais entre plantas. A Pogoniopsis schenckii a a maior parte de sua vida no subsolo, emergindo apenas para florescer entre dezembro e fevereiro.
Estudos como este são importantes para entender melhor as interações ecológicas complexas entre plantas e fungos, além de ajudar na conservação de espécies ameaçadas. A orquídea albina é uma dessas plantas raras e está em perigo, principalmente devido à destruição de seu habitat natural.
Essa pesquisa amplia o conhecimento sobre a biologia e a evolução das orquídeas, revelando o papel crucial dos fungos em sua sobrevivência.