Helen Francine

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde, Santa Catarina deve registrar mais de 2 mil novos casos de câncer de pulmão em 2024. Desses, aproximadamente 160 casos são esperados para a capital do estado, Florianópolis. No Brasil, são estimados 32.560 novos casos, com a região Sul apresentando as taxas de incidência mais elevadas, tanto para homens quanto para mulheres. Para os homens, o câncer de pulmão é a segunda neoplasia mais comum, representando 31,54 casos por 100 mil habitantes.
Ontem, 29 de agosto, foi o Dia Nacional de Combate ao Fumo, e a necessidade de ações de orientação e prevenção é mais necessária do que nunca. Segundo o médico pneumologista Márcio Martins, membro da Associação Brusquense de Medicina (ABM), o cigarro contém mais de 3.500 substâncias tóxicas e está associado a várias doenças graves, como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e doenças arteriais periféricas. Além disso, o tabagismo pode causar doenças gastrointestinais e aumentar o risco de diversas condições de saúde.
O fumo ivo também representa um risco significativo, especialmente para crianças que vivem com fumantes, aumentando a incidência de doenças respiratórias. O cigarro eletrônico e o narguilé, embora diferentes em termos de combustão, apresentam riscos semelhantes ou até maiores para a saúde em comparação com o cigarro convencional, podendo causar câncer de pulmão e outras doenças.
Para identificar doenças pulmonares relacionadas ao fumo, é essencial procurar um especialista. Exames como a espirometria e a tomografia computadorizada de tórax são cruciais para a detecção precoce. No entanto, é importante lembrar que não há um medicamento específico para parar de fumar. Existem tratamentos que ajudam a gerenciar os sintomas de abstinência, como adesivos de nicotina, goma de mascar e fármacos como bupropiona e amitriptilina. Além disso, a prática regular de exercícios físicos pode ajudar a reduzir a ansiedade associada à abstinência do cigarro e melhorar a qualidade de vida.
O combate ao tabagismo é um desafio contínuo e necessita de uma abordagem multifacetada, incluindo apoio médico e grupos de e. A prevenção e o tratamento do câncer de pulmão são essenciais para enfrentar essa epidemia de saúde pública, e a conscientização sobre os riscos associados ao tabagismo continua sendo uma prioridade.