Evelyn Guarnieiri

Hoje, vamos falar sobre um tema fundamental para a saúde da terceira idade: a importância da musculação. Muitos ainda associam a prática de musculação apenas aos jovens, mas ela é essencial para os idosos, principalmente para manter nessas pessoas a autonomia e a mobilidade.
A partir dos 50 anos, perdemos cerca de 1 a 2% da massa muscular por ano, o que impacta diretamente na mobilidade e na qualidade de vida. A musculação ajuda a combater essa perda, melhora a força, o equilíbrio, e ainda contribui para a prevenção de doenças como a osteoporose e a diabetes. Além disso, a prática diária promove o bem-estar mental, sendo um aliado na prevenção da depressão, comum nessa fase da vida. Ter a musculação como uma prática regular é como uma válvula de escape do corpo, é o lugar e o momento que ele pode esticar e forçar os músculos, onde acontece a queima de calorias, estimula a força física, o suor e a produção de hormônios.
Por isso, é essencial que os idosos incluam exercícios de resistência em suas rotinas, sempre com a orientação de profissionais qualificados. A musculação não é apenas para quem busca um corpo sarado, mas, principalmente, para quem quer viver mais e melhor. Para quem quer alcançar a terceira idade com a capacidade de levantar-se e sentar-se no vaso sanitário com facilidade, tomar banho, movimentar-se sem apoio e reduzir as dores.
Além dos benefícios já mencionados, estudos apontam que a prática regular da musculação pode reduzir o risco de quedas em até 30% entre os idosos, considerando que quedas são uma das principais causas de fraturas e hospitalizações nessa faixa etária. Um levantamento realizado pela Universidade de São Paulo (USP) reforça que a musculação, aliada a uma dieta balanceada, pode aumentar a expectativa de vida e melhorar significativamente a qualidade de vida dos idosos.